Nasce uma resposta
A primeira reunião da V.I.D.A.S. mostrou aos associados e futuros voluntários a importância e o alcance do trabalho a ser desenvolvido. E a vontade de ajudar dos associados só cresce.
por Vivian Costa
Um sábado ensolarado combina com escola? Para os colaboradores da ONG V.I.D.A.S., a resposta é sim. No anfiteatro do Colégio Bandeirantes, pessoas que há muito perguntavam-se “O que eu posso fazer para melhorar o mundo?” começaram a encontrar uma nova resposta. Resposta essa que começou a surgir nas palavras da idealizadora do projeto, Patrícia Goloni Lolo, indicando uma nova forma dessa vontade transformar-se em realidade. “Acredito que minha missão seja proporcionar, à pessoa com deficiência física, oportunidades de socialização e desenvolvimento, através da prática de atividade física, esportiva e de lazer. E por que não também proporcionar, a algumas pessoas, as do Band inclusive que têm uma vida maluca, essa oportunidade. São tantos talentos naquela escola, tanta gente do bem. Acredito que muita gente tem vontade de ajudar, mas falta até tempo pra procurar essa oportunidade”.
E nesse encontro da missão de Patrícia e Gleney com a vontade de muitos a V.I.D.A.S. começou a ganhar forma: ficaram estabelecidas as primeiras metas da O.N.G e seus associados começaram a explorar as novas diferenças com as quais passarão a conviver. “Convivemos com o diferente o tempo todo e levamos um tempo para nos adaptar a ele. Para o nosso trabalho, precisaremos aprender a nos adaptar mais rápido.” Resumiu Patrícia no início da reunião. A seriedade do trabalho a ser desenvolvido ficou clara nas palavras da Dra Sandra Alves Silva, advogada especializada em terceiro setor, que destacou a importância social de entidades não governamentais. Além disso, vários aspectos da realidade das pessoas com deficiência foram abordados de forma simples e esclarecedora: os fisioterapeutas Leandro Cinacchi e Rodrigo Fazio e a terapeuta ocupacional Camila Abraão dos Santos trataram das diferentes formas de deficiência, suas principais causas, diferentes tipos de terapias, enquanto dicas de convivência foram dadas pela professora Patrícia Goloni.
Mas a experiência não ficou só na teoria. Depois de se aproximarem dessa realidade até então pouco conhecida, os participantes desceram até a quadra do colégio e andaram vendados, orientados por um colega, e também aprenderam a usar a cadeira de rodas sob a supervisão do professor de Educação Física Vagner Martins dos Santos Junior.
No final da manhã, os futuros voluntários despediram-se certos que terão um grande e recompensador trabalho pela frente, após ouvirem as palavras do professor Gleney Lolo, também idealizador do projeto, do ilustre colaborador Deputado Milton Flávio e da Prof.a Dra Elisabeth de Mattos, da Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo. As experiências trocadas nesse 27 de fevereiro foram só uma pequena mostra do que todos envolvidos nesse projeto ainda irão aprender e quanto ele beneficiará todos os seus envolvidos.
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