Sábado na FGV
Sábado na quadra da Fundação Getúlio Vargas. O Interband impede, temporariamente, que as atividades da V.I.D.A.S. aconteçam nas dependências do Colégio Bandeirantes.
O dia começa com um café da manhã para as crianças e os voluntários e, logo, todos – inclusive os pais – estão sentados no centro da quadra para a aula de alongamento da professora Daiana. Alguns têm mais dificuldades que outros, mas a maioria parece interessada em tentar cada um dos exercícios propostos.
A atividade seguinte é uma brincadeira de mímica: sorteia-se um nome e alguém vai ao centro da roda representar, enquanto os outros tentam adivinhar quem está sendo imitado. A professora Ruth esclarece a intenção da brincadeira: mostrar que as crianças não são – e não devem ser – reconhecidas apenas por suas deficiências. “A Duda não apenas se rasteja; ela é sorridente. O Gabriel não só é cadeirante; ele tem sentimentos.”, explica.
A queimada coloca mães e crianças de um lado da quadra e os voluntários do outro. Cássia e Gabriel Hotta são os primeiros voluntários a serem queimados pela equipe adversária, e passam para o seu lado da quadra. Bia senta-se na arquibancada, ao lado da mesa de café da manhã ainda posta – assustou-se com os gritos de comemoração das outras crianças ao queimarem os voluntários com a bola. Um tempo depois, se acalma, e volta a brincar com a mãe e os outros.
Mais tarde, após uma pausa para descanso, as crianças brincam de “Ache sua mãe”. Com os olhos vendados, cada uma deve procurar a sua na fila de mães que se formou, através do tato. O que se vê é um jogo de estimulação de sentido, que resulta em vários momentos emocionantes – a maioria, abraços entre mães e filhos quando eles as reconhecem (mesmo que nem sempre na primeira tentativa).
A manhã, por fim, acaba com um quiz de conhecimentos gerais e “conhecimentos V.I.D.A.S.”. Todos estão sorrindo.
José Henrique Ballini Luiz
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